domingo, 28 de junho de 2009

E assim passava o tempo. Dentro daquelas palavras admirava a sua atitude. Mas, não sabia ao certo se as palavras eram sinceras, e questionava se algum dia havia sido. Ele, tão irreverente e impulsivo, de uma originalidade inexplicável que não conseguia pensar e entender o silêncio e também suas palavras. Aquelas palavras que ele dominava tão bem, como seu material básico para escrever uma linda história. Seu domínio sempre foi fascinante, conseguindo fazer as palavras terem vida e mil sentidos, formando frases com sentimentos de dor e amor.
Então sinto-me incompleta, desnuda, confusa e insegura, pois em meio a tanto tempo dentro do silêncio e daquelas palavras, fico acostumada no escuro, sem me surpreender com o que é realidade e o que é fantasia.
Agora pareço mudar tudo aqui dentro, aos poucos, como meu jardim que deixei morrer por não pensar, ou meu modo de escrever por querer vomitar o sufoco que acumulei por esse tempo. Tiro aos poucos o medo de falar o que penso e o que sinto dentro da escuridão ou do claro. Posso esclarecer que é bem difícil ser simples e transparente, mas as vezes parece vir como um desespero e não vou medindo absolutamente nada, e na verdade nem quero medir. Deixo as virgulas e pontos finais soltos, sem estarem no lugar certo. Não adianta arrumar o que na verdade sinto desarrumado.
Só não deixo a folha branca, rabisco palavras de dúvidas ou certezas. Algumas até voam e outras se tornam sementes para escrever o que sou e sinto aqui dentro de mim.

4 comentários:

  1. cada passo dado com sinceridade ... se transforma numa nova vida... a condição estacionária é a que dá mais tranquilidade e que mais engana o homem... verá, daqui por diante, que cada passo lhe trará insegurança.... descobrirá que essa corda bamba é o bem da vida... e nunca mais vc conseguirá ser a mesma novamnete... beijos..

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  2. Senhorita,

    Você não precisa arrumar o desarrumado, apenas reconhecer a bagunça.
    Você não precisa calar as palavras, apenas se expressar quando sentir vontade.
    Você não precisa se preocupar com nada ou ninguém, pois sempre haverá ações e reações.
    Você não precisa entender o passado, mas sim lembrar do presente e desejar boa sorte ao futuro.
    Você só precisa ser você, uma mulher que existe no sentimento, (des)arrumada, no som ou muda, ante qualquer ação, por todo o sempre.

    Beijos,
    Fabio.

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  3. Que bom voltar aqui e ler um texto como este... andei sumida um tempinho, e foi um presente hoje sentir tudo lindo aqui Raquel... e tem algo que aprendi na vida, é que nem tudo que pensamos desarrumado... desarrumado está... Beijo Amiga!

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