domingo, 29 de novembro de 2009


Não tenho como negar a saudade. Enquanto meus olhos esperam você chegar, eu me lembro do som do violão tocando a sua canção de despedida. Só sinto meu coração chorar. Já faz tanto tempo, já temos tantas histórias, que aos poucos sua imagem fica distante da minha consciência.
Quando estou distraída, sinto seus passos, seu jeito bem perto de mim em forma de música aos meus ouvidos, iluminando assim meu jardim, mantendo ele em mim mais florido.
Sei que são palavras escritas aqui, desabafos e saudade, mas escrevo para lembrar que aprendi tantas coisas, mesmo não tendo aqui meu coração completo. Sei amar os detalhes, sei dar bom dia ao amanhecer, mesmo que o sol não esteja aqui. Sei admirar a flor mais pequenina de um jardim. Sei completar um sorriso fazendo um simples gesto de carinho à alguém. Aprendi a ouvir mais. Descobri que devo dar atenção aos meus sonhos, pois eles me ensinam mais do que alguns momentos vividos por mim. Sei olhar e respeitar. Não posso esquecer que aprendi a amar ainda mais o mar, e senti-lo, pois hoje quando estou nele, lembro dos seus cuidados me mostrando que ele não iria me levar. Sei ler a lua, e com ela deixo todos os meus recados pra ti e quando ela fica escondida pode ter certeza que eu não estou bem e estamos juntas conversando para compreender meu coração triste sem ter você.
Lembro tanto do seu olhar admirando os detalhes, e como eles conversavam com os meus. Não existiam palavras às vezes, somente o silêncio e a transição do nosso olhar.
Saiba que eu não tenho arrependimento, pois fiz o meu melhor, mesmo aprendendo com você uma boa parte desse amor bom. Eu colori um universo, desenhei você comigo, e aprendi a compor palavras, mesmo simples e pequenas, mas consigo transpor e compor nas minhas notas musicais a beleza que tinha no amor. Fiz das minhas palavras um abraço, um lugar para ser observado por você e admirado pelos outros. Mas seu lugar para morar, seu momento de ler, de sentir o que tenho aqui em mim. Futuro e presente. Frases muitas vezes incompletas esperando seu olhar para completar.
Hoje é assim, um pedacinho incompleto, esperando você. Que mesmo aprendendo tantas coisas com você a intensidade de escrever muda, o sorriso escurece, o abraço é de quem precisa de compreensão, o olhar chora tentando encontrar novos motivos para ler. Os ouvidos buscam novas canções para não trazer mais momentos de lembranças. Tento fugir de tudo que não faz meu coração ser Paz.
Você vive, e eu ainda aprendo o que é viver.
Ao som de "Esse Amor" - Banda Eva

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Eu tento iniciar uma nova coleção de palavras e versos
E quando dou conta lá estou eu
Poetizando você
Criando um sonho com seus carinhos e sorrisos
Por mais que eu tente
Fica impossível alcançar a realidade
Preferindo deixar você nos meus retratos cheios de segredos
Cheios de amor.
Meu quarto é feito de escritos
em cartas, bilhetes e montagens
Transbordando lembranças
Fechando as esperanças
Ali
Nos versos
No retrato de segredos
Com uma nova versão sem você

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


O sentimento não definido
fica como meu papel em branco
sem linhas
sem espaço
soltos
Talvez eu faça um furo para representar
um pouco do incompleto
Talvez nele eu desenhe
o sol
o mar
a chuva
ou o pássaro
Acho que assim não seria livre o suficiente
por gostar de sentir esse sol
por esperar o colorido completo do mar
por não ter habilidade para fazer um belo pássaro no céu
e não gostar de desenhar a chuva para realmente senti-la em mim
Então faço um pequeno buraco no centro da folha
para representa o tudo ou o nada
um vazio

Se desenhar depois, sei que não vou conseguir fazer por completo
Se escrever um poema, sei que vou deixar um espaço
com uma vogal ou uma consoante faltando
mas prefiro assim
por poder contornar nesse buraco um circulo
e fazer dele um ponto final.

sábado, 21 de novembro de 2009


Tudo que você observar, conseguiria resumir o que tem valor?

Tudo que você deseja, conseguiria mostrar o que é real?

Tudo que você consegue, conseguiria dizer se é pra sempre?

Tudo que hoje você escolhe, conseguiria dizer se realmente te faz feliz?


quarta-feira, 18 de novembro de 2009


Fico observando de longe todos os movimentos
e as vezes acredito que é melhor nem demonstrar o que penso
para que você não entenda de outra maneira as palavras que são simples pra mim
Falta a compreensão na pureza,
principalmente naquilo que não tem intenção de acontecer
Se eu admirar, não tente influenciar com o que não é real
Saiba que somente eu irei determinar o que quero aqui pra mim
Se for amor, admiração, ilusão pouco importa .
Deixa ser
Deixa que eu sinta e encontre em mim o real motivo de simplesmente fazer bem
Se for ideia, se for sem explicação, que vá
que meu olhar diga o que você queira interpretar
ou que as minhas mãos segure as suas sem você ver intenção
ou se ver intenção, não defina que é aquilo que quero
Eu daqui vou viver as emoções que tiver que ser
se chorar for o melhor pra mim
talvez você interprete que seja por tristeza
só que pra mim as lágrimas poderão ser de prazer por estar bem
só não julgue, não defina o que nem eu mesma sei o que é
não crie o que você quer criar para ter uma solução ou uma resposta
Ser simples assim, a conclusão dos seus passos se definirem nos meus
O que for pra ser será , o que estiver que acontecer virá
no tempo que você definir, mesmo que inconsciente
Pode definir como fraca, sonhadora
ou até mesmo como menina apaixonada , pouco importa
Hoje nem eu mesma sei o que escrito está aqui dentro de mim.
Se hoje eu mudar tudo do lugar, como você irá julgar?
Por isso, eu quero o momento certo para as palavras encontrem a melodia para a minha canção!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009




Eu passo a questionar se o tempo realmente existe, ou simplesmente está aqui na minha imaginação.
O que me fez parar e pensar nisso foi encontrar uma feira daquela aos sábados, com frutas, verduras e legumes.
Quando eu era pequena caminhava por muitas e tinha a sensação de ser enorme e não ter fim. Aquilo tudo trazia diversão. As pessoas sorridentes que mesmo acordando muito cedo traziam simpatia e alegria. Ali tudo era gigante, as frutas, a quantidade de barracas, o início do pastel e a última barraca de pano de prato, feita por uma senhora de cabelos brancos, parecia não ter um fim. Tudo existia na mesma proporção dos contos de fada que lia como o "João e o pé de feijão".
Hoje, adulta, ando pela feira e vejo que nada mudou de tamanho, as barracas não eram muitas e as opções não eram tantas assim, como hoje releio todos os contos da infância como o "Pequeno Príncipe" e pondero o real dentro da minha imaginação.
Desse tempo, que não sei se sou eu ou se é ele que existe, posso concluir que somente ganhei alguns centímetros de altura, novos fios de cabelos e a certeza de que o tempo ajustou o meu olhar dentro das minhas ilusões.

terça-feira, 10 de novembro de 2009


Eu simplesmente tranquei a porta, sem pensar em mais nada.
Eu simplesmente abri a gaveta bagunçada que guardava as lembranças e joguei tudo fora.
Eu simplesmente voltei zerando o cronometro, partindo do 0 km.
Fiz das atitudes vividas a nova chance de acertar.
A chance de ser e ter o que não consegui até agora.
Uma nova chance de acertar